7 de abril de 2023
João 18: 1-19, 42
Nós o chamamos de Sexta-Feira Boa, Sexta-Feira Santa, portanto, um dia abençoado. É realmente um dia santo e bom, mas tendemos a nos concentrar e focar no sofrimento e na morte mais do que nas lições de vida que Jesus estava ensinando. Deus não veio à Terra para morrer, mas para viver conosco, por nós e para nos ensinar e mostrar como viver. Deus fazia isso há séculos, milênios: Adão com a família e toda a criação, Moisés com o Êxodo e a Terra Prometida, tantos profetas, tantas lições, tanta bondade. Sempre os temas: respeitar, amar, compartilhar, estar unidos. Sempre a saudação: “Não tenha medo, eu estou com você, eu te amo, eu te chamo pelo nome…” (Is43) Mas nós humanos simplesmente não entendemos. Então Deus decidiu vir pessoalmente como um de nós, esperando que finalmente pudéssemos entender.
Deus encarnou-se, tornou-se humano assim como nós. Aprendeu a fome, a dor, o amor, a raiva, a tristeza… tudo o que conhecemos e vivemos, Jesus, Filho de Deus Filho do homem, conheceu e experimentou. Aprendeu e ensinou por palavras, ações, atitudes. Ele tentou mostrar a nós humanos que somos livres, que somos belos e que Deus está em toda parte, não apenas no templo. Ele nos ensinou que Deus é amor, amor que encontramos em todos os lugares e que deve ser dado a todos em todos os lugares e que quanto mais você dá, mais você tem. Oh, o que ele ensinou e viveu foi tão lindo, tão cheio de vida vibrante e luz brilhante!
Mas muitos ainda não entenderam. O amor e a beleza os assustavam, os ameaçavam. Eles tinham medo de perder seu status, suas coisas, eles mesmos. Então eles o mataram, o abandonaram, o traíram. Isso dói! muito mais do que os pregos e a cruz. Porém, Jesus nunca desistiu, nunca mudou seu jeito, seus ensinamentos ou seus objetivos, nunca abandonou sua missão, nunca deixou de amar e perdoar. Os evangelhos estão cheios de parábolas que ele contou para tentar deixar isso claro. Então ali na cruz, com toda aquela dor, ele sorriu. Seu sorriso é terno, sereno, amoroso, pacífico. Diz: nunca desista, vá até o fim, não volte atrás. Como uma mãe que sofre e enfrenta a morte para dar à luz e depois se enche de um amor tão profundo, tão amplo e tão alto que torna o sofrimento irrelevante. Jamais esquecerei que irmã Dorothy Stang morreu com um belo sorriso.
Nesta Sexta-Feira Santa renovamos nosso compromisso com ele e com sua missão que todos somos chamados a continuar. Nós o amamos com paixão como ele nos ama. Sorrimos para Deus e para o mundo e dizemos: Conte conosco. Estamos nisso por muito tempo, por toda a vida, até podermos dizer contigo: “Está consumado”. Fizemos tudo o que pudemos, o melhor que pudemos, mesmo com nossos muitos erros, porque tu nos ama e nós te amamos e somos felizes mesmo quando sofremos.
As fotos: Detalhe de um crucifixo no Castelo Xavier – “Xavier’s Christ”
Detalhe de “O Cristo sorridente” na Abbaye Notre Dame de Lerins na Ilha Saint Honorat
João 18: 1-19, 42
Tendo Jesus dito isto, saiu com seus discípulos para o outro lado do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, e com eles ali entrou. Ora, Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque muitas vezes Jesus se reunira ali com os discípulos. Tendo, pois, Judas tomado a coorte e uns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou ali com lanternas archotes e armas. Sabendo, pois, Jesus tudo o que lhe havia de suceder, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, também estava com eles. Quando Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram, e cairam por terra. Tornou-lhes então a perguntar: A quem buscais? e responderam: A Jesus, o nazareno. 8Replicou-lhes Jesus: Já vos disse que sou eu; se, pois, é a mim que buscais, deixai ir estes; para que se cumprisse a palavra que dissera: Dos que me tens dado, nenhum deles perdi. 1Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. Disse, pois, Jesus a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o cálice que o Pai me deu? Então a coorte, e o comandante, e os guardas dos judeus prenderam a Jesus, e o maniataram. E conduziram-no primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.4Ora, Caifás era quem aconselhara aos judeus que convinha morrer um homem pelo povo. Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto Pedro ficava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira, e levou Pedro para dentro. Então a porteira perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Respondeu ele: Não sou. Ora, estavam ali os servos e os guardas, que tinham acendido um braseiro e se aquentavam, porque fazia frio; e também Pedro estava ali em pé no meio deles, aquentando-se. Então o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. . Ali, pois, por ser a vespera do sábado dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus.