16 de abril de 2022
Lucas 24: 1-12
Esperançando com Marias e perfumes
No evangelho de hoje as mulheres voltam no levar perfumes para o corpo de Jesus. A festa de hoje tem uma força restauradora que mesmo em situações de dor, ela é esperada celebrada com muita alegria a festa da vida.
Ao refletir neste trecho do evangelho para preparar essa mensagem me percebi pensando na dor e na cura. As mulheres tinham experimentado uma dor profunda seja da violência pela violência aplicada Jesus seja pela ausência e pelo medo, incerteza do Futuro. Mas, apesar da dor ela está em que juntas enfrentam medo. A incerteza e levaram perfumes de cura. Levaram o toque feminino que faz a diferença no mundo.
A direção que essa reflexão tomou, reflete o tempo que experimentado como humanidade. Vivemos tempos de muita dor, de incertezas, e ainda estamos em processos de cura lenta, que pede de nós perseverança, criatividade coragem delicadeza, circularidade e confiança uns nos outros e na generosidade da Ternura Maior.
Nesse texto de hoje vemos também aquele despertar necessário, aquele estalo que aparece na figura dos dois personagens de roupas brilhantes. Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo?
Visitar o lugar da dor é necessário, mas é preciso sair de lá e, com alegria e firmeza anunciar que a vida venceu. É necessário ter a coragem de abrir a janela e proclamar a esperança, não só em palavras, mas por ações concretas. Caminhos este que é feito sempre com outros, nunca sozinhas.
Por fim diria que o convite para nós nesse texto é para que, com o nosso toque feminino, continuemos tratando e cuidando com delicadeza, das feridas e das dores do nosso mundo. Que também com audácia, sororidade e criatividade femininas, guiemos mundo, rumo às transformações urgentes e inadiáveis, que temos que fazer para salvar a vida que sofre em todas as suas dimensões.
É também necessário, afinar os ouvidos para ouvir de onde vêm as vozes que anunciam esperança. E, junto a elas ecoar o nosso canto de esperança. É preciso ver com clareza e acuidade, para enxergar as pessoas, os grupos que vivem de esperança, que proclamam a vida e promovem a paz. É preciso sentir a pulsação da Terra, das filhas e dos filhos da Terra que com seu viver emanam vida e esperança.
Sigamos em frente, cabeças erguidas. Somos filhas da esperança!
Lucas 24: 1-12
No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres levaram ao sepulcro as especiarias aromáticas que haviam preparado. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente, dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’ ”. Então se lembraram das palavras de Jesus.
Quando voltaram do sepulcro, elas contaram todas estas coisas aos Onze e a todos os outros. As que contaram estas coisas aos apóstolos foram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas. Mas eles não acreditaram nas mulheres; as palavras delas lhes pareciam loucura. Pedro, todavia, levantou-se e correu ao sepulcro. Abaixando-se, viu as faixas de linho e mais nada; afastou-se, e voltou admirado com o que acontecera.